sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Contagem Regressiva

Contagem Regressiva: 29 dias para o NATAL. Vocês já foram ao Correio? Façam um pouquinho por quem não tem nada. Nossas crianças precisam do carinho de cada um de nós. O brasileiro é muito generoso e sabe como pode fazer uma criança sorrir. Temos exemplos maravilhosos de amor e solidariedade, todos os dias e, isso nos emociona e incentiva a fazer a felicidade dos brasileirinhos menos favorecidos,... especialmente no Natal ! Vamos nessa!
Ontem, falei do quanto o Seu Abel gostava de pescar e fiquei pensando no rio, atrás de casa, o rio ITAPIRUÇU, que por sua vez faz parte da nossa infância tão preciosa. Papai pescava nele e nós faziamos dele o nosso "Parque das Águas".
O rio vinha serpenteando a várzea e a certa altura , era represado e depois despencava em uma queda d'água que ,no nosso imaginário infantil, era uma cachoeira. A parte represada tinha uma certa profundidade e era aí que íamos tomar banho. Não tinha essa história de colete salva-vidas ou coisa parecida. Também não precisava saber nadar porque os maiores nos jogavam de qualquer jeito e aprendíamos na marra! Lembro de Eduardo se afogando e os outros morrendo de rir. Todos nós fomos submetidos a essa prova do " salve-se quem puder". Depois, era só farra e demonstrações de saltos olímpicos.
O rio seguia seu curso e logo passava atrás da nossa casa. Certa vez , resolvemos fazer uma ilha no meio dele. Todos buscavámos pedras que eram amontoadas, para imitar uma ilha. Não foi uma operação fácil, claro. Hoje vemos o rio como um riacho, segundo Eduardo, mas na época era um RIIIIOOOO.
Outras delícias que o rio nos oferecia, era poder pescar camarões com " jereré " , tipo de rede de pesca, que nós mesmos faziamos ou colher ingá nos ingazeiros às suas margens. Fechar o registro de água da casa, também era uma técnica para que mamãe nos deixasse tomar banho de rio, sob os protestos de papai que não queria os banhos . Isto porque, Dr Pedro, médico da usina e amigo de papai, falava do perigo de contrair doenças que, graças a Deus nunca tivemos.
A nossa casa ficava num nível bem mais alto que o rio, o qual na época das chuvas , transbordava e virava um oceano. Disso, nunca participei por ser
menina, mas os meninos faziam jangadas com troncos de bananeiras e se aventuravam nas águas barrentas da enchente.
Tenho pena das nossas crianças , que não têm ou não tiveram oportunidade de curtir todas as maravilhas de uma vida em contato com a natureza, uma vida livre, sem frescuras, saudável e cheia de encantos ! Fomos abençoados de ter tido tudo isso e muito mais ! É muito bom ter saudade e reviver essas lembranças !

3 comentários:

  1. Mãe, que delícia.....deixa a gente com gosto de saudade e quero mais....maravilhoso!!!!

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  2. TIA ADORO LER SUAS LEMBRANÇAS...EU VIAJO ENQUANTO LEIO,MUITAS VEZES ME EMOCIONO,Você já pensou em escrever um livro?
    VC ESCREVE MUITO BEM!!!

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  3. É, Dona Graça, o bichinho da Internet pegou a senhora de jeito! Espero que continue assim!
    Eu, graças a Deus tive o previlégio de ter a natureza por perto, e pude fazer isso pela Camilla! Beijos. Mary

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