segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ano Novo

                  E lá vem o ano novo !  2012 está chegando com a previsão nefasta de que o mundo vai acabar. Quanta bobagem ! Há quem se impressione com isso.  Aliás, o mundo acaba todos os dias prá muita gente, que consegue destruí-lo com suas ações maléficas, com seu pessimismo, com seu poder de extermínio. Acaba prá quem pensa que a vida neste planeta é eterna, acaba prá quem tem a ilusão de se perpetuar pelo poder, pela ambição exacerbada, pela prepotencia desastrosa. Todos  os dias,  o mundo termina prá quem não sabe qual a verdadeira essência da vida, prá quem duvida do poder de Deus e da imortalidade do espírito. Acaba  sim, o ano, começa outro e mais outro e, quando nos damos conta, já são muitos os passados.
                   A festa de Ano Novo, também faz parte das minhas memórias e me transporta para a Usina Trapiche. Mamãe preparava os seus quitutes e à Meia Noite ficávamos imóveis, perfilados perto do rádio, para ouvir o Hino Nacional. Era um ritual que papai fazia questão de cumprir. Depois, ele abria uma champanhe e fazia um brinde, com um pequeno discurso. Mamãe chorava que chorava e só depois é que podiamos nos cumprimentar com a frase nada criativa de " Feliz Ano Novo " , com abraços e beijos. As familias se visitavam e festejavam a virada do ano, oferecendo o que tinham à mesa. Nossa casa era uma das últimas da rua e até o clube tinhamos que passar nos vizinhos , cumprimentando a todos. Depois das comemorações, tínhamos "grito de carnaval" e todo mundo caía no frevo até o amanhecer.
                    Diferente do Natal, a virada do ano, hoje, não me alegra, não me empolga. Participo dos festejos sem muito entusiasmo, com muita nostalgia. Não sei se porque me entristeço com a ausencia dos meus pais, da família ou se porque, acabo lembrando de toda aquela choradeira que sempre acontecia, deixando uma espécie de tristeza no ar. Eu não entendia porque tinha que ser triste.  Na época , o que eu gostava mesmo era da festa no clube, depois de romper o ano. Carnaval era tudo de bom e não havia limite de idade para participar. Criança podia pular e dançar à vontade, sem preocupação com mais nada. Lembro até dos tira-gostos do clube. Geralmente, o que serviam , eram espetinhos de salsicha, queijo e azeitona ou ovos cozidos ou, sanduiche de pão de forma, em forma de triangulo, com queijo do reino. Eu amava tudo isso. Como esses petiscos eram gostosos! Tão simples e tão inesquecíveis! Tudo naquele lugar é inesquecível e me enche de saudades, saudades que marcam a vida de todos nós que tivemos a felicidade de ter uma infancia rica e cheia de encantos. Eu me sinto como a própria " Alice no país das maravilhas"! Não pode ser diferente.
                    Logo depois do Ano Novo, íamos para a praia e aí sim, a festa era maior. Passar férias na Barra de Sirinhaém, era um verdadeiro presente do céu. Era como se o tempo parasse para que pudessemos  viver dias de verdadeira felicidade !
                    Mais um pouco e teremos um novo ano e cabe a cada um, fazer dele um ano especial. Como já falei antes, temos que viver um dia de cada vez, valorizando as coisas positivas, abrindo o coração para o amor, a paz , a alegria. Deixemos prá trás o que nos angustiou , acreditando que sempre teremos dias melhores e mais proveitosos se procurarmos  fazer com que valham a pena, aproveitando as oportunidades, valorizando sempre mais o dom da VIDA!!!

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